Desde cedo, encontrei no ferro e na argila a matéria-prima ideal para expressar minha visão artística. Anos de experimentação e criação no meu estúdio me permitiram transformar o metal bruto em formas poéticas que dialogam com a vida e o tempo. Agora, sinto que é o momento de compartilhar essas criações com o mundo. Esta transição do estúdio para o espaço público representa um desejo profundo de conectar minhas obras com as pessoas, provocando reflexões e emoções. Quero que cada peça conte uma história, tocando o espectador e revelando a beleza oculta no ferro.
Série Cosmos
Inspirada pela vastidão do universo e pelos mistérios da astronomia, Cosmos se diferencia das outras séries por ter uma abordagem mais abstrata e exploratória. O conceito surgiu a partir da manipulação de materiais que evocavam formas cósmicas, como superfícies irregulares e estruturas circulares que remetem a corpos celestes. Otavio vê essa série como um exercício de imaginação e percepção, onde o desconhecido e o infinito se tornam o centro da experiência artística.
Série Memórias
Memórias foca nos escombros e materiais abandonados que carregam histórias humanas. Durante suas buscas por matéria-prima, Otavio percebeu a quantidade de resíduos de construções e objetos descartados que continham vestígios de memórias do passado. Ao utilizá-los em sua obra, ele busca resgatar essas narrativas, criando um novo significado para aquilo que foi deixado para trás. O resultado são esculturas abstratas que remetem à permanência das lembranças no tempo.
Série Flora Urbana
Essa série surgiu da interação de Otavio com materiais descartados na cidade, principalmente madeiras e troncos de árvores. Ele ressignifica esses elementos, abordando a relação entre a construção urbana e a natureza. Sua intenção não é representar a destruição de forma negativa, mas sim mostrar a resiliência da natureza e seu poder de regeneração. As peças dessa série costumam trazer elementos naturais integrados a estruturas de ferro e outros materiais reutilizados.